Sou a pintora de um único quadro.
Envolvo-me muito,
mas só faço um retrato.
Pinto,
texturizo,
faço mil voltas,
para voltar ao que é origem,
ao princípio.
Hiato.
Ou ao traço que antecede o diálogo.
Especulo ao longe,
o olhar próximo.
O contato imediato.
Sou a música tocada em pedaços.
A harmonia do presente eterno.
A quase sabedoria.
O idílio do olhar daquele primeiro iniciado.
Sou quem busca terminar a sinfonia.
Olhando para sempre o dia-a-dia.
domingo, 8 de março de 2009
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