domingo, 8 de março de 2009

A Festa Escorrida

Vi pela rua,
escorrida,
rios de embarcações.
Algumas alegres,
outras em porções.
Percebi que o privilégio se perdeu em quantidade.
E que a ninfa dos pequenos barcos,
esteve ocupada.
De repente, uma luz rasgou a multidão.
Mas foi pequena e se apagou.
Vi o lobo que levou o cordeiro,
de mãos dadas.
Numa alegria vigiada.
Outros vi em suas verdadeiras fantasias.
Para alguns, poucos, não importava o representado: o descaso.
Ou a necessidade, como primeiro passo.
Poucos ainda, passavam-se por neutros.
Outros, tão próximos... foram-se distantes,
porque não foram o que deviam ser.
As dançarinas tiravam pedras do chão.
Ouviram gritos histéricos...
Transfigurou-se a imagem,
e foi percebida a falta de noção.
Tantas, tantas águas passavam e não havia copos para guardá-las.

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