domingo, 8 de março de 2009

Do que são feitos os poetas.

Escondi num abrigo.
Protegi como parte de mim,
que é,
como meu umbigo.
Assoprei bem de leve,
dei oxigênio,
sonhei,
fortaleci o instinto.
Vieram ventos fortes,
vento da doença,
ilusão,
desespero e privação.
Mas, mantive-me firme,
confundindo objeto e causador da ação.
Quando vi tudo junto,
pensei ser o mundo do elemento fogo,
dei-me conta de que tudo está unido,
e, que todos os outros são precisos.
Vi bruxuleando a luz no infinito.
Luz e escuridão.
Fiz uma cabana com a minha mão.
Eis-te idílio!
Guardado, acolhido.
Motor do meu coração.

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