domingo, 8 de março de 2009

Labirinto de Espelhos

A lembrança da angústia caminha a meu lado.
Ao menor sinal, toma a dianteira, futiga meus retratos.
Minhas garras se quebram porque não se agarram a pedras.
Meu único amigo, por pouco não vejo sumido.
Receio de um encontro imaginativo.
Assustadoras leoas rugem no cio.
Quem apaga a vela?
A finalização é a mesma, com ou sem atuação.
Alguém bate à porta.
Não posso atendê-la, estou ao telefone.
Algo de estranho aparece.
E já não posso mais ouvir meus recados.
Caminho num labirinto de espelhos,
engraçado...
não me vejo, de fato.

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