domingo, 8 de março de 2009

Ritual Tibetano

Sento-me embaixo da árvore,
os frutos não caem nunca.
Procuro em todos os galhos,
e o sol lancina meu trabalho árduo.
Deixo a xícara de chá descansando ao meu lado.
Talvez nunca mais venha a tomá-la.
Mas, por vezes, encho-a até a borda.
Coloco minha camisola bonita,
assim que raia o dia.
E prendo flores nas orelhas.
E o sol mais uma vez me castiga.
Procuro me esconder entre outros galhos,
mas a brincadeira de achar a luz por entre as folhas,
surte resultado.
Vejo várias formas brilhantes,
na verdade, todas,
mas só você não está ao meu lado.

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