quinta-feira, 25 de outubro de 2007

Declino do Traje de Princesa

Ouço de longe,
aquele ruído que não gosto.
Não há nesse mundo, quem me ajude a vestir minha armadura?
Estranhas, por que declino do traje de princesa?
Empunho minha espada melhor que tantos,
porque sou livre.
Não há o que tenha que provar.
Sou a própria inovação de meu sistema.
De defesa.
De ataque.
Virilidade, não.
Fertilidade, sim,
é o meu emblema.
Delimito meu território,
com meu frasco de perfume,
mas espalho minhas farpas.
Quem se atreveria a duelar?
Só é mais forte,
quem da terra é a mais entrangeira,
da dor, a única companheira,
e da honra, sua amante de uma vida inteira.

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